Ponto de Ignição n°:01
Durante muitos anos uma das maiores diversões dos jovens no mundo foi: ir ao cinema, assistir TV e ler quadrinhos. Claro que haviam exceções: alguns soltavam papagaio (ou pipa como é chamado hoje), jogavam bola e outros se aventuravam por ai, com namoradas, arrumando confusão e outras coisas.
Isso tudo no passado, pois de dez anos para cá, tudo isso mudou.
Hoje o jovem se diverte na internet, lendo blogs, visitando sites de seu interesse ou mesmo baixando filmes, revistas ou series que o agradem.
O próprio perfil dos leitores, informação obtida através de pesquisas, nas quais apontam que o leitor de quadrinhos cresceu e esta na faixa dos 20 a 30 anos, sedo que este aumento na faixa etária foi impulsionado pelo fato de que muitos leitores novos, não conseguiam entender a complexa teia de informações que se tornou a cronologia dos personagens da editora.
Houve, então a necessidade da editora rever sua linha e perfil editorial para conquistar novos leitores e jovens leitores.
Não posso deixar de registrar que esta não é a primeira mudança editorial ou de cronologia que a DC realiza: Em 1977, a DC que era um selo, torna-se uma editora com vários títulos; Nos anos 1980, surge a saga Crise nas Infinitas Terras com o objetivo de renovar títulos e unificar os vários personagens da editora; Nos anos 1990 tivemos a serie Zero Hora onde foram modificados vários títulos e personagens, fruto do sucesso da editora Image Comics; agora, temos Ponto de Ignição.
Não vou explicar detalhadamente a trama da historia de Ponto de Ignição ou Flashpoint, seu titulo em inglês, criada por Geof Johns e desenhada pelo ótimo Andy Kupert. Também, não vou abortar que se trata de uma trama de nexo temporal, onde nossa realidade é alterada cabendo ao Flash saber o que aconteceu e porque tudo foi modificado para pior. Você que lerá a saga vai descobrir os detalhes aos poucos e aprovar ou não.
O que vou abordar por aqui é: A saga muda o Universo DC Comics?
Do ponto de vista conceitual, ou seja, o que é o Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Lanterna Verde, não. O conceito destes personagens não pode e nem jamais será mudado, até porque a DC faz parte de um conglomerado de comunicação e este não deixarão que tais conceitos sejam modificados.
Do ponto de vista criativo? Sim. Houve e muitas mudanças. Os personagens sofreram mudanças na maneira como suas historias passaram a ser contadas.
As tramas se tornaram mais realísticas, mais violentas e com um conteúdo que reflete o que o jovem vive no seu dia-a-dia.
Todos os personagens foram rejuvenescidos buscando aproximá-los mais dos leitores. Toda esta estratégia surtiu o efeito esperado? Sim. A mídia acompanhou as mudanças, as vendas sofreram um aumento colocando vários títulos entre as dez revistas mais vendidas nos EUA. A DC vendeu em dois meses três milhões de revistas, fato que não acontecia em muitos anos. Foi um sucesso.
O Brasil já começou a sentir o inicio de 2012 este grande evento editorial que modificará profundamente a DC Comics, seja bem-vindo.
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