James Bond - 007
Os filmes de 007 foram produzidos inicialmente por Harry Saltzman e Albert Broccoli, detentores dos direitos cinematográficos de quase toda a obra já escrita por Ian Fleming e donos da produtora EON (Everything or Nothing). Em 1975, Saltzman abandonou a franquia. Desde 1995, os filmes são produzidos pela filha de Albert, Barbara Broccoli, e seu meio-irmão, Michael G. Wilson.
Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton, Pierce Brosnan e Daniel Craig
James Bond já foi interpretado por seis atores na série oficial:
Sean Connery (1962–1967;1971;1983 cujo filme não faz parte da saga original)
George Lazenby (1969)
Roger Moore (1973–1985)
Timothy Dalton (1987–1989)
Pierce Brosnan (1995–2002)
Daniel Craig (2006–presente).
Sean Connery em O Satânico Dr. No
Em 1962, foi lançado o primeiro filme, O Satânico Dr. No, com o personagem James Bond interpretado pelo então semi-desconhecido ator escocês Sean Connery. O filme, feito com apenas um milhão de dólares (orçamento ridículo, até para a época), estourou nas bilheteiras de todo o mundo, transformando Connery num ícone dos anos 1960, que com a sua espectacular popularidade internacional fez surgir uma nova histeria mundial vinda da terra da beatlemania da época: a bondmania.
Os chefões do estudio não gostaram de Connery
Dizem as lendas, que quando os chefões da United Artist assistiram o filme, detestaram e minimizaram a situação, dizendo que o prejuízo tinha sido pequeno. Somente os produtores e o diretor Terence Young gostaram do que viram. Outra lenda sobre o filme é que um dos chefões do estudio ao assistir a película teria dito: "O que este estivador esta fazendo neste filme?". Tamanha foi a receptividade negativa do filme que os estúdio fez sua estreia em um cinema de cidade pequena e sem grandes alardes. Felizmente, o filme fez sucesso e motivou sua estréia em grandes cidades, gerando lucro e a possibilidade de mais um filme: Moscou contra 007.
Honey (Ursulla Andress) e Bond (Connery)
Connery nunca escondeu nas varias entrevistas que concedeu, quer na época dos filmes, quer depois que não gostava de James Bond. O achava violento e machista demais, chegou ao ponto de afirmar que o agente secreto teria mais dois ou três filmes e a formula se esgotaria.
Broccoli, Connery, Ian Fleming e Saltzman
Outra coisa que Connery não gostava era a interferência, segundo suas palavras, excessiva dos produtores nos filmes, o que ocasionava atrasos e fazia com que o ator desistisse de outros projetos. A antipatia de Connery aumentou ainda, mais quando das filmagens no Japão, o ator sempre era chamado pela imprensa de Senhor Bond. Connery anunciou ao final das filmagens de Com 007 Só Se Vive Duas Vezes que não renovaria seu contrato.
George Lazenby
Os produtores encontraram o substituto no ator australiano George Lazenby, famoso na Inglaterra por seu trabalho numa serie de comerciais. Lazenby não se deu bem com ninguem durante as filmagens. Vivia as turras com Diana Rigg, se desentendia com o diretor Peter Hunt e até com os produtores. Durante a divulgação do filme, o ator anunciou que não retornaria.
Terry (Diana Rigg) e Bond (Lazenby)
Os filmes tanto de Connery quanto Lazenby são sérios, com um agente mesclando força-bruta com inteligencia. O agente não enfrentava os comunistas ou chineses, mas uma organização secreta terrorista: a Espectre.
Connery em 007 - Os Diamantes São Eternos
Harry Saltzman conseguiu convencer Connery a voltar. Ficou acertado um cachê de um milhão de dolares, produção de dois filme a sua escolha e a diminuição na interferência dos produtores nas filmagens. Connery, ainda, retornaria ao personagem num filme não oficial.
Roger Moore
Com a saída de Connery entra em cena uma antiga opção dos produtores: o astro da tv britânica, o inglês Roger Moore.
Com 007 Viva e Deixe Morrer
007 contra O Homem com a Pistola de Ouro
Os filmes de Moore passam a incorporar as tendencias que os filmes da época determinavam: filmes com personagens afro-descendentes o blaxploitation (Com 007 Viva e Deixe Morrer), filmes de artes-marciais (007 contra O Homem com a Pistola de Ouro); ação ininterrupta (007 contra Octopussy), viagens especiais (007 contra O Foguete da Morte).
Bond (Moore) e Anya (Barbara Bach) em 007 - O Espião que Me Amava
James Bond enfrenta além do vilão megalomâniaco, geralmente, os comunistas (007 - O Espião que Me Amava; 007 contra Octopussy e 007 - Na Mira dos Assassinos).
Cena de perseguição em 007 - Na Mira dos Assassinos
Além disso, nos filmes de Moore houve uma aumento no humor. O que se pode falar de uma sequencia de fuga onde o protagonista esquia e ao passar por uma lago é usada a musica Surf in USA ou uma cena de perseguição onde os carros são destruídos ficando apenas pedaços, numa cena digna de comédia pastelão (ambas em 007 - Na Mira dos Assassinos). Talvez um dos maiores momentos deste humor seja a cena em que 007 se pendura em cipós e se escute o grito do Tarzan (007 contra Octopussy).
Moore nunca escondeu em suas entrevistas na época dos filmes, que não tinha grandes preocupações ou pretensões com o personagem e que jamais tencionou ganhar um Oscar. Afirmava que sempre buscava manter um bom relacionamento com Brocolli e agradar ao público.
Durante o lançamento do filme 007 - Na Mira dos Assassinos (1985) Moore anunciou que não permaneceria na serie, principalmente por conta de sua idade (56 anos).
Nenhum comentário:
Postar um comentário