terça-feira, 15 de junho de 2010

CRITICA : O PRINCIPE DA PERSIA

O Principe da Persia As Areias do Tempo

Dastan e Tamina




Olá, tudo bem, aqui estou eu de volta, mas agora é para falar sobre o filme que eu pude assistir no dia da sua estréia. A adaptação dos games Prince of Persia: Príncipe da Pérsia – As Areias do Tempo.
O épico começa mostrando como Dastan (Jake Gyllenhaal), um rapazinho corajoso, que não faz parte da família real, se torna um príncipe. Anos depois, agora como um grande (e um tanto quanto inconseqüente) guerreiro, ele se vê acusado de um crime que não cometeu e, junto com a Princesa Tamina (Gemma Arterton), tenta provar sua inocência e proteger a Adaga do Tempo, um poderoso artefato, que, se cair nas mãos das pessoas erradas, trará conseqüências catastróficas à humanidade. O elenco secundário conta com ótimos nomes, incluindo o sempre-vilão Ben Kingsley e um quase irreconhecível, porém divertidíssimo, Alfred Molina.
O grande problema do filme é a escolha do protagonista. Para viver o persa Dastan foi contratado Jake Gyllenhaal (de O Segredo de Brokeback Mountain). Gyllenhaal se esforça, mas tem uma certa fragilidade no olhar que não convence muito como herói de ação. Ou seja, a personagem de Gemma Arterton (de Fúria de Titãs) parece mais durona que Dastan e seus músculos torneados...
Como adaptação do jogo, Príncipe de Pérsia apresenta elementos bem populares aos fãs: Dastan, o príncipe, gosta de fazer movimentos bastante acrobáticos, com saltos perigosos e impossíveis, além de fugas eletrizantes. O principal elemento do roteiro é a adaga, que controla o tempo e tem como guardiã a Princesa Tamina, esta por sua vez já entra em cena como uma verdadeira princesa.
A produção se descontrola ainda no começo, que se arrasta demais e não sabe como resolver direito os poderes da adaga do tempo. Todo o desfecho é atropelado e a idéia do retorno ao passado fica jogada sem muita lógica. Afinal, se o artefato é tão poderoso e Dastan era contra a invasão da cidade sagrada por que não o segurou mais alguns instantes para impedir o derramamento de sangue? Percebam também como é curiosa a metáfora com a Guerra do Iraque que o longa apresenta no começo. O irmão de Dastan invade uma cidade sagrada em busca de armas que, mais tarde, descobrimos não existir.
Enfim, embora tenha falhas e seja uma mistura de Piratas do Caribe com Aladin, no fim das contas, Príncipe de Pérsia – As Areias do Tempo é uma ótima diversão e pode até ganhar o posto de melhor adaptação de games para as telonas, mas isso definitivamente não é algo do que se orgulhar. Ainda assim, o diretor conseguiu trabalhar bem as cenas de perseguição, os efeitos visuais realizaram um excelente trabalho e a edição de som é para impressionar. Isso faz do longa um ótimo programa, mas como eu já disse anteriormente, não pode ser julgado como um bom filme.

Thiago Allan

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