quarta-feira, 7 de julho de 2010

CRITICA: ESQUADRAO CLASSE A

Esquadrão Classe A

Hanniball, Baracus, Cara e Murdock


Cara e Cap. Sosa

Olá, cá estou eu comentando sobre mais um filme, e assim como no Fúria de Titãs, aqui falarei sobre o filme em si, sem relacionar a série de TV, pois, infelizmente, eu nunca assisti.
Bem, para quem não acompanhou o seriado, e gosta de uma aventura Classe A, o filme Esquadrão Classe A é uma excelente pedida. Confesso que fui ver o filme meio receoso. Quando gosto muito de um quadrinho, série de TV ou game que vai parar nas telonas, por um lado fico muito animado para ver aqueles personagens em ação na sala escura.
Por outro, fico pensando: "Será que eles vão estragar a história e fazer uma porcaria, como O Motoqueiro Fantasma (2007)"? É difícil acontecer um meio termo nestes casos. Geralmente, ou a adaptação é um lixo ou fica ótima, com gostinho de continuação (caso deste Esquadrão Classe A).
O roteiro é direto ao ponto. Se estamos falando de aventura? Vamos fazer um filme frenético, movimentado, cheio de perseguições, lutas, explosões e afins, sem enrolar muito. É o que devem ter pensado os produtores do filme. A sequência inicial, inclusive, é um tremendo cartão de visitas. Se tem mentira? Claro!!! Mas o mais legal é não sentir o menor incômodo com isso. Embora na vida real, mentir seja alvo de controvérsias, no cinema, quando bem feito, é uma arte. Então seja bem-vindo! As cenas são de tirar o fôlego.
Durante uma longa e ótima abertura, os Rangers são apresentados e o espectador já fica sabendo como o Esquadrão Classe A é formado. Hannibal (Liam Neeson), Face (Bradley Cooper), Baracus (Quinton Jackson) e Murdock (Sharlto Copley) são veteranos da Guerra do Iraque que adoram planejar uma boa missão (desde que ela seja quase impossível). Correr riscos é com os caras. Nada de coisas simples. O que eles querem é desafiar o perigo.
O mais legal do longa é que o inimigo está dentro de sua própria unidade do exército. Nada de lunáticos homens bomba ou daqueles estereótipos maniqueístas da luta do bem contra o mal que Hollywood tanto gosta (soldados norte americanos versus lunáticos russos, comunistas, iranianos ou iraquianos). Os quatro talentosos e carismáticos militares são vítimas de uma armadilha e acusados de um crime que não cometeram. Mesmo atrás das grades, eles planejam uma forma de limpar seus nomes e recuperar suas patentes. Exagero é o que não falta nesse filme e não se levar a sério em momento algum é o grande trunfo. Cada seqüência de ação é mais absurda que a anterior, culminando em um clímax que beira o inacreditável de tantos elementos em cena e explosões (ainda que o tanque de pára-quedas seja minha cena favorita). Mas é aí que está o combustível do filme, aliás, com personagens loucos, a ação só poderia ser extraordinariamente exagerada.
O elenco funcionou muito bem no filme. Liam Neeson lidera com charme o time, embora a diversão das cenas fique mesmo com os atores Bradley Cooper e principalmente com Sharlto Copley (Distrito 9), revelação do humor, que na pele do maluco Murdock é a maior diversão do filme, seja com seu modo peculiar de pilotar um avião ou helicóptero, ou seja com suas imitações hilárias do BLUE MEN GROUP ou de Mel Gibson em Coração Valente. Quinton Jackson completa o quarteto de forma “muscular”, e Jessica Biel não compromete como a Cap. Sosa, que também é interesse romântico de Peck (Copper) no filme. Patrick Wilson também conseguiu um bom destaque como o agente da C.I.A.: Lynch.
Esquadrão Classe A é aventura do começo ao fim, com bom humor e ótimos efeitos especiais, é pipoca da melhor qualidade, para ser saboreada com gosto.
Aos apressados que saem correndo da sala tão logo os créditos surgem na telona, atenção: há uma cena extra após todos os créditos. Uma breve sobremesa para quem conheceu a série de TV que inspirou este filme.
Thiago Souza

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