domingo, 25 de abril de 2010

BILLY BLANCO NO CINETVNEWS

Billy Blanco e Sebastião Tapajos

Tapajos, Paulo Andre (ao fundo) e Billy Blanco

William Blanco Trindade, o Billy Blanco, é um dos dos compositores mais importantes da MPB. Nasceu em Belém do Pará em 1924. Desde os dez anos já praticava poesia, fazendo suas redações todas em versos, sendo sempre nota dez em português. Interessou-se pela música desde cedo, fazendo inicialmente paródias, com letras diferentes em músicas conhecidas.
Começou a apresentar-se em cassinos e programas de rádio aos 18 anos, tocando violão. Mais tarde mudou-se para São Paulo, onde foi estudar arquitetura em 1946, mesmo ano em que surgem suas primeiras composições.
Dois anos depois radicou-se no Rio de Janeiro e formou um grupo musical para tocar na noite. Por essa época conheceu Dolores Duran - uma das principais intérpretes de suas músicas - e os Anjos do Inferno, que gravaram seu samba "Pra Variar" em 1951. Nos anos 50 sua carreira de compositor deslanchou, e teve músicas gravadas por Dick Farney ("Grande Verdade"), Os Cariocas ("Não Vou pra Brasília"), Doris Monteiro ("Mocinho Bonito"), entre outros. Em 1954 acontece o lançamento da "Sinfonia do Rio de Janeiro", em parceria Tom Jobim, com quem havia composto "Tereza da Praia", primeiro sucesso da dupla, gravado pelos "rivais" Lúcio Alves e Dick Farney.
A "Sinfonia" contou com arranjos de Radamés Gnattali e participação de Elizeth Cardoso, Emilinha Borba, Dick Farney, Doris Monteiro, Os Cariocas, Nora Ney, Jorge Goulart e outros.
Em 1960 houve uma regravação, com outro elenco e arranjos do mesmo Radamés. Outros grandes sucessos foram "Pistom de Gafieira" e "Viva Meu Samba", gravados por Silvio Caldas; "Camelô", "Praça Mauá" e "Estatutos da Gafieira", por Dolores Duran; "Samba Triste" (com Baden Powell), por Lúcio Alves, "A Banca do Distinto", por Isaura Garcia.
Nos anos 60 participou de festivais e espetáculos, em que começou a aparecer em público, com seus sambas em estilo de crítica sócio-comportamental. Wilson Simonal, que gravaria seu "Lágrima Flor" do LP de estréia, foi o intérprete de "Rio dos Meus Amores" no I Festival de Música Brasileira, em 1965.
Três anos depois, obteve o 4º lugar da I Bienal do Samba com "Canto Chorado", defendida por Jair Rodrigues.
Desde então passou a se apresentar com freqüência em espetáculos, shows e casas noturnas. Em 1993 lançou pela Warner o CD "Guajará: Suíte do Arco-íris", fruto do trabalho feito nos anos 70.
Buscou dar uma nova chance a Guajará que não fez o sucesso e nem teve a repercussão que merecia na época.
Em 2003 Billy ganhou releitura de suas canções mais conhecidas em A Bossa de Billy Blanco, reunindo cantores-admiradores da extensa obra de um melodista de mão cheia. Produzido pelo filho do compositor, o maestro Billy Blanco Jr., o CD (Biscoito Fino) contou com as participações de músicos como o pianista Leandro Braga (arranjador de Esperança Perdida, cantada por Ney Matogrosso) e cantores como Leila Pinheiro (em versão contida de A Banca do Distinto), Eramos Carlos (na curiosa versão de Mocinho Bonito) e Olivia Hime (Viva Meu Samba). Instrumentistas como o baterista Carlos Balla e o gaitista Maurício Einhorn também contribuiram para homenagear "o velho Billy".
Em 2009, Billy lança em Belém o DVD Billy Blanco um compositor, com varias de suas canções interpretadas por artistas locais, rendendo um show que emocionou o público.
Por ocasião do lançamento do DVD, Billy concedeu uma entrevista exclusiva a Radio Tabajará, no caso a Carlos Amorim (Cinetvnews) e Marcelo Souza (Vozes do Pará).
É essa entrevista que você confere na integra hoje, além das outras entrevista com grandes nomes da MPB sediada em Belém que você ouvirá nos próximos programas.

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