quinta-feira, 12 de agosto de 2010

CRITICA - ENCONTRO EXPLOSIVO

Encontro Explosivo

Olá! Que saudade eu estava de voltar a ver os filmes que estão nas telonas e escrever para vocês. Enfim, depois de algumas férias resolvi ver aquele que é a comédia romântica do momento. Chegamos assim a Encontro Explosivo, filme com pitadas de ação e comédia que reúne Tom Cruise e Cameron Diaz e tenta dar um novo gás à carreira dos dois. O resultado, porém, não parece muito animador. As críticas foram razoáveis e a bilheteria decepcionante. Mas a culpa está longe de ser do casal em si e recai mais na falta de atrativos da produção.

June e Roy

Repetindo a química obtida no drama “Vanilla Sky”, a dupla é a grande razão de ser de Encontro Explosivo. E é graças à dinâmica dos dois na tela que o longa-metragem tenta fugir da mesmice, ainda que nem sempre consiga. A comédia é derivada das tiradas de Cruise e Diaz. O romance também depende da química dos atores. A ação é constante, mas está no lugar certo. E o suspense vem com os poucos detalhes da trama e as constantes reviravoltas.


Narrado sob o ponto de vista da personagem de Diaz, ela é dopada por Cruise toda vez que o casal parece estar em um beco sem saída. Assim como Diaz, o público só “acorda” quando o problema foi resolvido, evitando que a história se mostre mais absurda ainda do que já é. Pode até parecer pouco, mas junto com a química entre os dois astros, a estratégia dá uma roupagem diferenciada ao filme, ainda que ele seja mais do mesmo.
Ethan Hunt, quer dizer, Roy Miller (Tom Cruise) é um super-agente secreto em fuga com uma importante descoberta científica. O objeto é cobiçado pelo governo dos Estados Unidos, que enviou o agente Fitzgerald (Peter Sarsgaard) para obtê-lo, e Antonio (Jordi Mollà), um perigoso bandido espanhol. No aeroporto, Miller usa a loira June Havens (Cameron Diaz) para passar o artefato pela alfândega. June, que está viajando para o casamento de sua irmã em Boston, não imagina que aquele vôo vai mudar sua vida de ponta cabeça.

A partir daí, os dois se aventuram numa corrida alucinada pelo mundo, em meio a um emaranhado de traições, fugas arriscadas e identidades falsas. Assim como a brincadeira do título original (Knight & Day é um trocadilho entre Cavaleiro, Dia e Noite), um faz contraponto ao outro, teoricamente na medida certa para agradar ao público. Enquanto Cruise se esforça para fazer um tipo ainda galã, Cameron mais uma vez interpreta a bela mulher atrapalhada, papel que sempre lhe caiu como uma luva.
O resultado é um filme que procura agradar a diversos públicos, ainda que tenha um monte de falhas ao longo de sua duração. Primeiro, a história já começa sem grandes contextualizações. Se por um lado tal tática insere de imediato o espectador na ação, por outro sacrifica um pouco a identificação com os personagens, já que não temos muitos detalhes sobre eles. Em virtude dessa opção, a trama demora um pouco a engrenar e envolver o público em suas peripécias. Ainda assim, “Encontro Explosivo” entrega o que promete: é diversão sem pé nem cabeça, totalmente esquecível quando termina. Mas entre o início e o final da trama, o filme até que empolga em determinados momentos. Em parte porque a edição não é atropelada e traz uma solução muito bem sacada.

As duas estrelas dão conta do recado. Cruise, na verdade, encontra o tom correto do personagem e não faz nada além, mas passa longe de comprometer o clima descontraído. O destaque, mesmo, vai para Diaz, seja dando hilários ataques de pânico ou percebendo gradualmente que, por uma série de motivos, não pode mais se afastar de Roy.
Enfim, o filme, é entretenimento sem rodeios, sem explicações, sem tramas embaraçosas ou com reviravoltas. Os mais exigentes vão odiar, mas quem entrar no cinema disposto a embarcar na história despretensiosa,

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