O filme deve estrear em Belém no próximo dia 10 de dezembro.
Premiado duas vezes, o curta ficou com melhor som e melhor atriz, no prestigiado festival de Brasília.
Fernando Segtowick
"Um ótimo começo". Foi assim que o diretor Fernando Segtowick definiu a dupla premiação do curta paraense "Matinta", durante a 43ª edição do Festival de Cinema de Brasília: "Melhor Som" para a produção e "Melhor Atriz" para Dira Paes, estreante do formato curta-metragem. Depois de ter a sua primeira apresentação pública no Distrito Federal, o filme fará sua estreia para plateias paraenses no próximo dia 10, na rede Cinépolis.
Com 30 longas no currículo, Dira estreou em curtas com o pé direito. "Esse é meu primeiro curta-metragem, é diferente de tudo que fiz até agora porque tem uma linguagem um pouco diferente, tanto na ideia, como na objetividade do filme e do personagem. Na verdade estou muito feliz porque vim de trabalhos grandes, que atingem o público brasileiro inteiro, de grandes produções e ir para o contrário disso, vai me enriquecer muito", disse ela, durante as gravações de "Matinta". O diretor, por sua vez, é só elogios à atriz: "A Dira é uma atriz consagrada e aceitou na hora poder participar de uma produção paraense, queria muito esse papel", disse Fernando.
O filme, como o nome indica, é uma livre adaptação da lenda da Matinta Perera, muito comum nos interiores da Amazônia. Na versão do roteiro de Fernando Segtowick e do corroteirista e ator Adriano Barroso, a história virou um triângulo amoroso, vivido em uma pequena vila no interior do Pará, onde coisas estranhas passam a acontecer.
Em uma das pontas do triângulo amoroso está Valquíria vivida por Dira Paes. "Ela é uma mulher que não mede esforços para ter os seus desejos realizados e para conseguir tudo o que quer", descreveu a atriz, antes do início das filmagens, em Belém. Em outra ponta, está Felício vivido por Adriano Barroso, que no filme é casado com Antônia e luta para resistir às investidas de Valquíria. No curta, a lenda ganhou traços mais humanos e tem um enfoque no suspense, no amor e no misticismo.
Além dos atores, moradores da pequena comunidade de Caruaru, na Ilha do Mosqueiro, também participam como figurantes.
É a primeira vez do pará em brasília
A atriz não participou da premiação, na última terça-feira, dia 30, devido aos compromissos de gravação da novela "Ti-ti-ti" da Rede Globo, onde vive a personagem Marta, uma das ajudantes do costureiro Victor Valentin. A notícia do prêmio foi dada a ela por seu marido e também diretor de fotografia do curta, Pablo Baião. "Ela ficou muito feliz, ficou muito emocionada", contou o diretor.
As duas premiações foram recebidas com entusiasmo e com surpresa pela equipe do curta. "Já estávamos comemorando só o fato de estarmos participando do Festival de Brasília, que é o mais antigo e um dos mais importantes do País. No dia da exibição o filme foi muito bem recebido, o público aplaudiu bastante e as pessoas elogiaram. Mas o festival estava cheio de produções experimentais, que não era o caso do ‘Matinta’. A questão da técnica me preocupava um pouco também, porque na produção havia muitos ruídos da floresta, mas as pessoas acabaram entrando na história do filme. Foi um ótimo começo", comemora Fernando.
Fonte:
http://belemweb.com.br/navegacao.asp?id=11836&pagina=25&sub_pagina=62
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