terça-feira, 19 de outubro de 2010

CRITICA - KARATE KID

Karate Kid
Hello pessoal, aqui estou eu mais uma vez para falar sobre um filme que realmente me chamou a atenção: Karatê Kid 4. Bem, entrei no cinema com os dois pés atrás para conferir este novo “Karate Kid”. Vários fatores contribuíram para esta insegurança, como o carinho que tenho pelo original, a troca do karate pelo kung-fu e, principalmente, Jaden Smith, cuja atuação desastrosa em “O Dia Em Que a Terra Parou” (outro remake, por sinal) ainda queimava em minha memória. Mas tudo no filme me surpreendeu, até o seu ator principal, que deve ter tomado umas aulas de carisma em casa com o pai, Will Smith.

A história base é a mesma do longa de 20 anos atrás. Garoto se muda com a mãe para uma nova cidade e é ameaçado por valentões locais. Para ajudá-lo, surge um improvável instrutor de artes marciais que lhe ensina não só a lutar, mas também a ter respeito próprio. Mas os desafios encarados pelo pequeno Dre (Smith) e seu mestre, Sr. Han (Jackie Chan), são bem mais complicados que as dificuldades enfrentadas por Daniel-san e Sr. Miyagi no original.


Dre e Sr. Han

Nesta nova versão, Dre e sua mãe se mudam de Detroit para a China, tendo de lidar com o choque cultural e com um idioma bem diferente do seu. A ambientação atualizada também trouxe uma mudança óbvia na arte marcial praticada pelos personagens, agora sendo o Kung-Fu. O motivo do filme ainda se chamar “Karate Kid” é que ficou sendo um mistério.


O treino incomum

O roteiro é bem amarrado, equilibrando momentos que homenageiam o original e outros que dão a este filme sua própria identidade. Os próprios personagens não são apenas sombras daqueles da fita oitentista. Isso não quer dizer que o texto não escape de problemas pontuais, como a referência gratuita à vila olímpica, que acaba por datar o filme, e clichês um tanto inúteis na história, como o fato do romance entre Dre e Meiying (Wenwen Han) ser proibido pelo pai da donzela em dado momento. Da mosca no hashi (o "pauzinho") ao treinamento não convencional, a nova versão soube como satisfazer os fãs antigos ao mesmo tempo que apresenta a franquia a uma nova audiência.


Dre e sua mãe

O fato de Dre ser bem mais jovem que o protagonista do original nos ajuda a deixar Daniel-San de lado. No personagem, o pequeno Jaden Smith realmente age como uma criança, algo raro em produções norte-americanas. Smith traz carisma, vivacidade e transmite bem toda a inquietação e os problemas que Dre atravessa, mas sem perder o espírito infantil, agindo como um garoto de verdade, seja no seu tratamento com a mãe, com o seu mestre ou mesmo em seu jeito inocente e um tanto quanto inconsequente. Tais “defeitos” tornam fácil a identificação com o personagem. O pequeno segura o filme de maneira inconteste, além de ter uma ótima química com Jackie Chan.


Dre na academia

O astro asiático, por sua vez, transforma Han em uma pessoa de verdade. O filme presta várias homenagens à versão original, como por exemplo, manteve o treino inconvencional e os pequenos truques que o mestre utiliza para impressionar o seu discípulo, no entanto, acabou por prestar a mais significativa homenagem ao recém-falecido Pat Morita (Mr.Miyagi) por não manter/replicar as características da sua icônica personagem em Han (Jackie Chan), uma personagem que também é muito interessante mas que não é uma cópia mais atual do icônico Mr.Miyagi. Chan, mais sisudo que de costume, não apenas passa a credibilidade necessária para o papel, mostrando as suas habilidades em uma curta, porém impactante, cena de luta, como também convence nos momentos dramáticos, com seu personagem passando por um ótimo arco narrativo no filme.

Jackie Chan e Jaden Smith

Aliás, se o filme dá certo por causa de seus personagens, temos que tirar o chapéu para os atores. Jaden é carismático, autêntico e fisicamente fenomenal, ele é o núcleo do filme. Taraji P. Henson está adorável em seu pequeno papel como a mãe de Dre. A novata Wenwen Han, pouco têm a fazer, mas surge bem no filme, sendo o grande apoio e motivação de Dre. Destaco principalmente Henson, extremamente divertida e carinhosa em cena. Os antagonistas, o jovem arruaceiro Cheng (Zhenwei Wang) e o Mestre Li (Rongguang Yu), são estereotipados ao máximo, mas tal característica cai como uma luva para as intenções da história sendo contada, principalmente honrando o espírito dos “vilões” dos longas dos anos de 1980.

Na Muralha da China

A produção é deveras caprichada. O diretor faz um ótimo trabalho aqui. Além de boas e interessantes transições entre as cenas, o cineasta acerta muito mais do que erra, também explorando com eficácia as locações nos icônicos cartões-postais chineses, como a Grande Muralha e a Cidade Proibida. A montagem do filme consegue fazer com que os 140 minutos da fita passem voando, imprimindo um ritmo perfeito à narrativa.

Meiyng e Dre

Outro acerto (ao menos em grande parte) é a trilha sonora da fita, tanto a incidental, composta por James Horner, quanto as músicas escolhidas para a produção, que incluem Lady Gaga e Red Hot Chilli Peppers. Não digo que todas as músicas da película são perfeitas, pois esta acaba com um dueto entre Jaden Smith e Justin Bieber, algo que, ainda bem, só acontece nos créditos. Por falar nos créditos, vale a pena aguentar o showzinho da dupla da escola só para ver as fotos da produção, uma tradição dos anos 80 honrada aqui.

A Hora da Verdade

O longa ainda tem certa importância história, sendo a primeira grande aventura hollywoodiana que é uma co-produção chine-estadunidense, mostrando uma otimista direção para a relação entre as duas superpotências. Divertido e emocionante, além de contar com lutas bem coreografadas e atuações na medida certa, “Karate Kid” é uma das surpresas do ano e irá agradar tanto aos fãs do original, quanto à nova geração. Recomendado!


Thiago Souza

Um comentário:

  1. nussa sou muito fam desse menino ai em um dia quero duela com ele kkkkk ass. josiel antonio soares vaz kkkkkkk lanssa ++ karater kid para nois curti em ......

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